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O que empresas tradicionais podem aprender com o mindset do venture capital?

Segundo Ilya Strebulaev, professor da Stanford Graduate School of Business, firmas de venture capital (VCs) seguem práticas sólidas que podem — e deveriam — ser aplicadas por empresas tradicionais que buscam crescer e inovar. O capital de risco é voltado a negócios com alto potencial de retorno e, muitas vezes, representa a porta de entrada para startups promissoras.

Em parceria com Alex Dang, Strebulaev reuniu essas ideias no livro The Venture Mindset: How to Make Smarter Bets and Achieve Extraordinary Growth, além de publicá-las também em um artigo na Harvard Business Review.

Mas afinal, o que líderes e executivos podem absorver desse universo? Aqui vão três grandes lições:

1. Risco: inimigo ou aliado?

No mundo do venture capital, o risco é parte essencial do jogo. Os VCs sabem que nem todos os investimentos vão dar certo — e tudo bem. Um único acerto pode compensar várias tentativas que não prosperaram.

Enquanto empresas tradicionais muitas vezes operam com medo do erro, adotar uma mentalidade mais aberta ao risco pode desbloquear inovação. O segredo está em fazer apostas estratégicas, entendendo que o fracasso faz parte do caminho rumo ao sucesso.

2. Valorizar a discordância

Ao contrário do ambiente corporativo tradicional, onde o consenso é frequentemente visto como sinal de alinhamento, as VCs prosperam em meio ao debate. Diversidade de opiniões e pontos de vista divergentes ajudam a refinar ideias e tomar melhores decisões.

Strebulaev defende que as empresas precisam fomentar uma cultura onde opiniões diferentes não apenas são aceitas, mas incentivadas — especialmente em decisões estratégicas.

3. Agilidade acima da burocracia

O ambiente das VCs exige rapidez. Elas operam com flexibilidade, adaptando estratégias conforme novos dados e mudanças no mercado. Processos pesados e planos engessados não funcionam nesse contexto.

Para empresas tradicionais, isso significa repensar estruturas muito rígidas, reduzir entraves burocráticos e dar autonomia às equipes para agir com agilidade. Esse dinamismo pode ser o diferencial para se manter à frente da concorrência.

Por fim, incorporar a mentalidade do venture capital pode ser um divisor de águas para empresas que querem se manter relevantes. Arriscar de forma inteligente, estimular o debate e agir com rapidez são atitudes que, no longo prazo, aumentam a chance de crescimento consistente e inovação real.


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