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Há décadas o Brasil é um país emergente. Como podemos mudar isso no nosso dia a dia?

Recentemente, em uma conversa no elevador, comentei sobre o fato do Brasil ser um país emergente e como o câmbio afeta a nossa economia. Papo vai e vem, o rapaz com quem eu conversava disse “engraçado, já faz 30 anos que eu escuto isso do nosso país. Intencionalmente ou não, aquilo me fez refletir bastante. Há muito tempo ouvimos que o Brasil é um país emergente — como se estivéssemos eternamente a caminho de um futuro que nunca chega. Mas talvez a pergunta não seja apenas por que o país continua assim, e sim como nós, cidadãos brasileiros, podemos fazer a diferença.

Ser um país desenvolvido envolve muitos fatores, um deles é a mentalidade. É sobre o que escolhemos fazer — e ser — todos os dias.

O desenvolvimento começa em cada um de nós, todos os dias.

Sabe quando dizem “melhore internamente e o ao redor vai melhorar”? O mesmo serve para um país, ele melhora quando as pessoas melhoram.
Melhoramos quando fazemos nossa parte. Quando passamos a agir com empatia, com respeito, com propósito.
Quando fazemos o certo mesmo quando ninguém está olhando.
Quando buscamos ser profissionais mais éticos, cidadãos mais conscientes e humanos mais responsáveis. Quando estamos dispostos a ensinar. A ouvir sem julgamentos.

É fácil apontar o dedo para fora: culpar governos, sistemas, empresas. Vivemos em uma época em que é muito fácil falar, porém poucas pessoas de fato “fazem”. O difícil mesmo é olhar para dentro e reconhecer o quanto nossas pequenas atitudes também constroem — ou corroem — o lugar onde vivemos e as pessoas que nos cercam.

A mudança mora nos detalhes.

Desenvolver-se como sociedade começa nas sutilezas do cotidiano:
arrumar nossa cama, cumprimentar o porteiro, cumprir horários, devolver o carrinho do mercado, tratar bem quem te atende, jogar o lixo no lugar certo, agradecer mais, reclamar menos. Reconhecer essas ações, simples à primeira vista, são os tijolos invisíveis de um país melhor.

Ser “emergente”, no fundo, é viver em constante promessa.
Talvez o que o Brasil precise é que cada um de nós deixe de apontar culpados — e comece a fazer. Talvez o que o Brasil mais precise hoje em dia são pessoas genuinamente preocupadas com a sociedade, e não com partidos políticos ou coisa do tipo. Nós nos perdemos no bem-estar geral, nos separamos em times e atacamos uns aos outros.

Fazer o que poucas pessoas fazem é o ato mais revolucionário para mudar a sociedade.

Não precisamos de grandes gestos para transformar o mundo — basta coerência entre o que acreditamos e o que praticamos. Precisamos ser exemplos do que falamos. Exemplos para as crianças e para aqueles que irão arcar com os custos de nossa geração.
Se cada pessoa escolher ser um pouco mais justa, mais gentil e mais comprometida, criamos uma onda de impacto que ultrapassa o individual e alcança o coletivo.

Claro que questões econômicas, políticas, educacionais, culturais e governamentais são extremamente importantes. Mas mm país também muda quando sua gente escolhe crescer. Virar a página de momentos turbulentos e ter a esperança que dias melhores estão vindo.
E crescer, no fim das contas, é um exercício diário de consciência e amor pelo que está à nossa volta. É sobre se apaixonar pelo processo. Se apaixonar por algo que irá respingar em todas as gerações futuras.

Conclusão

Talvez o Brasil ainda seja um país emergente porque nós, como sociedade, ainda estamos emergindo como seres humanos melhores.
A parte boa da vida é que isso pode mudar — hoje mesmo.
Basta que cada um decida fazer sua parte, com coragem, constância e coração.

Nada como um dia após o outro, chegaremos lá.


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