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A importância de saber pegar a “onda” do momento:

Uma frase atribuída a Sócrates muito interessante é: “O segredo da mudança não é focar toda a sua energia em lutar contra o velho, mas em construir o novo”. Você sabe a importância de saber se adaptar? No artigo “Ride the Wave”, publicado pela Farnam Street, o mercado e a tecnologia de um modo geral são apresentados de uma maneira um tanto quanto peculiar: como um mar em constante movimento, onde grandes ondas surgem e desaparecem. Entendeu a metáfora por trás? Bom, é simples, mas poderosa: os surfistas não podem e não conseguem controlar o oceano, todavia, aprendem a entendê-lo, a remar e surfar as ondas certas, no momento certo. E é neste ponto que o artigo fica interessante: investidores, empresas e profissionais precisam identificar e aproveitar movimentos de mudança antes que eles quebrem.

Você, leitor, provavelmente conhece o emblemático de quem não conseguiu surfar: a Kodak, que inventou a câmera digital mas ficou presa ao filme; ou falemos de locadoras de vídeo que ignoraram o streaming; fabricantes que desapareceram com a chegada de tecnologias disruptivas. O ponto central dessa discussão é claro — resistir à mudança é receita para ficar preso “nas águas rasas”. E é claro, esse debate não é recente, Charles Darwin nos mostrou a importância de saber se adaptar para sobreviver.

Mas por que falar isso é muito mais fácil do que fazer? Bom, se fazer sucesso fosse algo simples, a grande maioria das pessoas seria bem-sucedida. Alguns pontos que podemos pontuar aqui para essa pergunta são:

  1. Dificuldade de reconhecer a onda cedo

No início, elas parecem arriscadas, pequenas ou irrelevantes — e só depois que crescem é que parecem óbvias.

  1. A terrível zona de conforto

Mudar de rota significa abandonar competências, status e até receita que já funcionam.

  1. Medo de perder e medo de errar

Entrar cedo pode gerar ganhos enormes, mas também perdas rápidas se a aposta for errada.

  1. Falta de informação confiável

Quando a onda está surgindo, as informações são escassas, contraditórias ou enviesadas.

  1. Pressões sociais e organizacionais

Empresas e indivíduos sofrem pressão para manter resultados no curto prazo. Inovar pode parecer irresponsável para chefes, sócios ou investidores avessos a risco.

O nome desse artigo então, deveria ser: a importância de se arriscar?

Mais adiante, o blog cita Charlie Munger, o qual reforça que essas ondas não só destroem mercados antigos, mas criam vantagens imensas para os “early birds” — aqueles que entram cedo e sabem quando sair. Portanto, podemos dizer que surfar bem é sobre timing.

Por fim, a grande lição que tiramos é que visão, coragem e timing importam mais do que esforço repetitivo no que já funciona. Isso reforça também a necessidade da adaptação e do estudo recorrente. Ademais, é sobre aprender a reconhecer sinais de transformação, ter coragem para agir antes do consenso e habilidade para se manter na crista até a hora certa de sair.


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